01/11/2019
Dirigentes de defesa agropecuária definem estratégias de combate à peste suína
Representantes da defesa agropecuária de todo o país se reuniram em Salvador para definir estratégias de combate à Peste Suína Clássica (PSC).
O encontro, realizado nesta quinta-feira (31), na sede da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), em Ondina, ocorre após um foco da doença ter sido diagnosticado em Alagoas e já debelado.
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) esteve presente com a participação do diretor-geral Thales Fernandes, do diretor-técnico Bruno Rocha de Melo, do gerente de Defesa Sanitária Animal Guilherme Negro e da coordenadora do Programa de Sanidade Suídea no IMA Júnia Mafra.
Para o diretor-geral do IMA, Thales Fernandes "Os estados de Minas Gerais e Bahia têm barreiras limítrofes, e nós temos um trabalho em parceria e em conjunto. Nossa preocupação neste momento é com o avanço da peste suína clássica, que pode chegar à zona livre”. Segundo ele, a proposta da reunião, juntando todos os gestores da defesa Agropecuária do Brasil, é desenvolver estratégias para conter a doença. “Cada estado tem as barreiras nas divisas, mas isso não é o suficiente. É preciso conscientizar o setor produtivo porque a gente sabe que existem rotas de fuga onde os caminhões podem passar. Os suínos criados livremente também podem dificultar o controle desses animais. Então nós vamos aqui montar uma estratégia para envolver todo o setor no combate a essa doença”, explicou.
O diretor-geral da ADAB, Maurício Barcelar, fala sobre a atuação histórica do estado baiano. "A Bahia é uma garantia para que todo o país continue exportando produtos de origem suína. Nós fazemos a proteção da zona que não é livre com a zona livre. Os estados do nordeste ainda não têm o status de zona livre da peste suína. Nós aqui atuamos com barreiras. Com o surgimento de focos nos estados do Piauí, Alagoas e Ceará, a Bahia tomou a dianteira. Temos trabalhado com nossos técnicos em uma incansável fiscalização em mais de 1.300 quilômetros de fronteiras, e em mais de 9 mil propriedades, para que este vírus não entre no nosso estado e não contamine outras regiões, colocando em risco as exportações de todo o país”.
Segundo o presidente do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), Mário Louzada, a Bahia tem sido muito atuante na prevenção e no combate das doenças animais. "Isso nos tranquiliza muito, nós sabemos que a Bahia tem um papel fundamental na proteção do território nacional e vai desempenhar bem o seu papel, como sempre fez. Nós temos focos hoje da peste suína clássica no Piauí, no Ceará e em Alagoas, que estão muito próximo ao Rio São Francisco, na fronteira com a Bahia. A Bahia tem sido uma resistência, então nós nos unimos com o resto do país através da Adabd e da Fonesa, para tomar ações efetivas e conseguir combater a peste suína”.
De acordo com a especialista e consultora em saúde animal, Massaio Minzuno, existem duas zonas em relação a peste suína, uma é a não livre, que envolve estados do norte e nordeste, e outra livre, que estão abaixo desse limite. “Este é um momento bastante importante, pois alguns focos foram identificados e isso nos alertou sobre a necessidade de intensificar as ações nas fronteiras. Então essa reunião é muito importante para nós unirmos forças, olharmos para o passado e identificarmos, na história, o que precisamos fazer no futuro”.
Fonte: Bahia sem Fronteiras