A raiva é considerada uma doença de grande importância econômica e também para a saúde pública, pois, trata-se de uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida ao homem.
Além de não ter cura, a doença causa grandes prejuízos, pois, ocasiona a morte de animais, necessita de diagnósticos laboratoriais e pessoal treinado para controle dos transmissores.
Em Minas Gerais, compete ao IMA implementar as estratégias previstas no Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), estabelecido pelo Ministério da Agricultura para o controle da raiva dos herbívoros. O trabalho inclui diferentes medidas e ações que estão baseadas na vacinação dos rebanhos, no controle populacional dos morcegos transmissores, e no atendimento e controle dos focos da doença.
Controle do transmissor
O principal transmissor da raiva para os herbívoros é o morcego Desmodus rotundus que se alimenta de sangue. A ação para o controle desse animal é feita por meio da captura em redes e equipamentos específicos para a atividade. Após serem presos, os morcegos hematófagos recebem nas costas uma pasta com anticoagulante. Depois são soltos e voltam ao abrigo. Por terem o hábito de lamberem uns aos outros, ingerem a pasta que dá início à hemorragia que os leva à morte.
Os morcegos hematófagos têm seu habitat nas cavernas, montanhas, furnas, bueiros - locais, em sua maioria, de difícil acesso. As demais espécies de morcego devem ser preservadas, pois, se alimentam de frutas, insetos, peixes, etc.
O IMA desenvolve esse trabalho em parcerias com as secretarias de saúde e prefeituras municipais.