23/01/2020
IMA treina caçadores de javalis para vigilância da Peste Suína Clássica
Medida é preventiva e busca impedir ocorrência de Peste Suína Clássica (PSC) e outras doenças;
Minas Gerais é livre de PSC e tem reconhecimento pela OIE desse importante status sanitário.
Ameaça à saúde pública e prejuízo econômico para as fazendas mineiras. O Javali, classificado como um animal exótico e de natureza predadora, é um problema para os produtores rurais. A caça a este animal em Minas Gerais é permitida a profissionais devidamente licenciados para a atividade. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), recebe amostras de sangue destes animais capturados por caçadores treinados pelos seus servidores. A ação previne a disseminação de doenças no rebanho suíno mineiro, além de impedir zoonoses (doenças transmitidas ao ser humano através dos animais) como a brucelose e tuberculose. O sangue do animal é analisado para diagnóstico da Peste Suína Clássica (PSC), um trabalho de prevenção e cuidado, já que Minas Gerais é livre de PSC e tem o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Todas as amostras de javalis analisadas no estado até o momento estão livres de doenças.
O número de amostras de sangue coletadas aumenta a cada ano, resultado que evidencia a parceria entre os caçadores e o IMA, firmada por um trabalho dedicado e eficiente. Para se ter uma ideia, em 2018, ano do início dos treinamentos, apenas um material foi coletado. No ano passado este número saltou para 60. Em 2020, com as atividades a todo vapor, já são 22 amostras.
De acordo com a coordenadora de Sanidade Suídea no estado, a médica veterinária do IMA Júnia Mafra, todas as amostras analisadas em Minas Gerais até o momento estão livres de doenças. “Não temos relatos de sintomas de PSC em Minas Gerais, mas todo cuidado é pouco. Esses animais invadem as granjas e, além de causarem danos, infectam os suínos saudáveis”, alerta.
Ações - Entre as ações que o IMA realiza em prol da sanidade suídea em Minas Gerais estão o controle do trânsito dos animais e a coleta periódica de sangue de suínos reprodutores em frigoríficos, e em Granjas de Reprodutores Suídeos Certificados (GRSC). O IMA elaborou cartilha alertando os suinocultores mineiros sobre as formas de transmissão e medidas preventivas para PSC e PSA. Consulte aqui.
O fiscal agropecuário do IMA, o médico veterinário Danilo Araújo, e um dos treinadores do curso sobre coletas de amostras de sangue direcionado aos caçadores, informa que as regiões mais afetadas no estado com a presença dos javalis em matas selvagens são o Triângulo Mineiro, Sul de Minas e o Alto Paranaíba. Por serem áreas de forte concentração de atividades agropecuárias, são chamarizes para os animais principalmente por causa da disponibilidade de alimentos e abrigos. “O javali é uma espécie oriunda da Europa e África, principalmente, que se proliferou no Brasil nos anos de 1990, e se tornou uma espécie asselvajada. Na época, foi trazido para criatórios, mas escapou do controle e se reproduziu rapidamente, entrando para a classe de espécies exóticas invasoras”, explicou. Desde 2013 é proibida a criação de javalis em todo o Brasil.
Instituto Mineiro de Agropecuária - Assessoria de Comunicação Social
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